Terminal Intermodal para aumentar eficiência de empresas de Jundiaí no acesso ao Porto de Santos
A partir de dezembro, as regiões de Jundiaí e Campinas contarão com uma solução mais eficiente e competitiva para exportações, importações e logística doméstica via ferrovia até o Porto de Santos. Operado pela Contrail Logística, em uma área de 75 mil metros quadrados, o Terminal Intermodal de Jundiaí (TIJU) foi construído junto à linha férrea da MRS e terá capacidade para movimentar 70 mil TEUs (contêineres de 20 pés) por ano.
O TIJU está localizado em uma das regiões mais industrializadas do país: a 30 Km de Campinas e a 50 Km de São Paulo. Além da possibilidade de receber e enviar cargas pelas rodovias dos Bandeirantes e Anhanguera, o terminal se conecta diretamente a uma das ferrovias mais produtivas do mundo, com uma malha de 150 km até o Porto de Santos e 480 Km até os portos do Rio de Janeiro.
A operação intermodal pode beneficiar especialmente indústrias ligadas à importação (de insumos) ou exportação (de bens acabados), localizadas em cidades próximas a Jundiaí e Campinas, como Cajamar, Louveira, Vinhedo, Valinhos, Itupeva, Salto, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista, Itu, Amparo e Itatiba.
Em um cenário econômico de baixo crescimento e de busca por eficiência, a ferrovia oferece baixo custo, previsibilidade, acesso sem filas ao porto, um nível elevadíssimo de segurança operacional (baixo índice de acidentes) e da carga (índices quase nulos de roubo) – estes dois itens reduzem também custos com seguros. Além disso, o transporte ferroviário tem baixo impacto ambiental (uma composição ferroviária, com 21 vagões, transporta o equivalente a 42 caminhões).
Pulmão de cargas
Com sua localização privilegiada e com a integração entre modais de transportes, o TIJU também reduz custos dos clientes com armazenagem de cargas, uma vez que os contêineres podem ficar na área da Contrail, liberando espaço nos estoques das indústrias. Dessa forma, o empreendimento funcionará como um "pulmão logístico", regularizando o fluxo operacional e evitando grandes picos de demandas.
Por conta de suas características, o terminal pode beneficiar especialmente empresas do segmento de tecnologia e eletrônicos, que têm fábricas na Zona Franca de Manaus e utilizam o serviço de cabotagem (navegação doméstica) para distribuir seus produtos na região de maior consumo, a Grande São Paulo.
Outras indústrias que podem ter ganhos logísticos são as que utilizam insumos importados, aproveitando o fluxo de retorno dos trens do Porto de Santos no sentido do interior.
E como este terminal terá um movimento significativo de contêineres, praticamente qualquer tipo de carga pode ser transportada pelos trens: desde commodities agrícolas até produtos com médio e alto valores agregados. Dentro do contêiner, a carga pode passar pela rodovia, ferrovia e marítimo de uma forma bem prática.
Do porto à porta
A Contrail vai operar toda a gestão do transporte feito por meio do terminal, desde o porto até a porta do cliente. E ao longo do 2018, o Terminal Intermodal de Jundiaí também deve operar com cargas com origem ou destino no Rio de Janeiro, por meio da malha ferroviária da MRS.
"Acreditamos que o transporte multimodal é a solução logística mais eficiente e sustentável e a melhor escolha nas operações envolvendo o Porto de Santos. Com a economia voltando a crescer, é fundamental para o mercado ter uma alternativa ao modal rodoviário, com custo competitivo e outras vantagens", diz Rodrigo Paixão, CEO da Contrail.
Crescimento ferroviário
A movimentação de cargas por ferrovia no Porto de Santos tem crescido significativamente: de um total de 15,1 milhões de toneladas em 2008 para 113 milhões de toneladas em 2016 (entre importação e exportação). Atualmente, a participação do modal ferroviário neste porto é 27% do volume total movimentado e deve chegar a 40% nos próximos dez anos.
Somente no primeiro semestre de 2017, o volume das ferrovias no Porto de Santos cresceu 14%, no comparativo com mesmo período do ano passado. E a movimentação de contêineres é a que mais vem aumentando. Na MRS, esta modalidade deu um salto de 64% nos últimos três anos, totalizando 79 mil TEUs em 2016. Neste ano, a movimentação total deve chegar a 85 mil TEUs.
Este resultado é fruto dos investimentos contínuos em duplicações, melhorias na via férrea, novos terminais e desenvolvimento de material rodante. A MRS investiu R$ 450 milhões, nos últimos 5 anos, em projetos como a Segregação Leste, aquisição de locomotivas especiais (Stadlers) para a transposição da Serra do Mar, a duplicação do trecho Perequê-Santos, a ampliação do pátio de Santos, entre outros projetos estruturantes para a Baixada Santista.
https://www.portogente.com.br/noticias/transporte-logistica/98270-novo-terminal-intermodal-de-jundiai-vai-aumentar-eficiencia-e-competitividade-das-empresas-da-regiao-no-acesso-ao-porto-de-santos
Postado por : Débora Tereza
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